

Dentro do espaço de orações, fiéis e visitantes misturam-se, livremente, todos igualmente sentados no chão. O lugar lembra uma mesquita porque, como os muçulmanos, os sikhs não têm santos e nem cultuam imagens.
A atmosfera é de interiorização. Mesmo para quem não tem vínculos com a religião e sequer conhece seus preceitos, é impossível não sentir o impacto do ambiente, provavelmente resultante da devoção dos seguidores e da amorosidade com que se tratam mutuamente. Talvez para não distrair as pessoas dessa interiorização, as fotos são proibidas no local.
Convivência e compartilhamento no Gurudwara Bangla Sahib
Assim como o salão de orações e a lagoa sagrada, a cozinha (Langar Hall) é um lugar de grande importância nos Gurudwaras. Nela, pessoas comprometidos com a religião, denominados gursihks, preparam diariamente, com a ajuda de voluntários, refeições gratuitas para serem servidas tanto a fiéis como a visitantes. Com isso, colocam em prática o compromisso religioso de dar comida a quem 
A comida é feita a partir de ingredientes doados e oferecida a todos que chegam. Qualquer pessoa pode fazer trabalho voluntário na cozinha sikh, por quanto tempo desejar. E quem não se sente confortável para lidar com alimentos, consegue encontrar outra forma de colaboração, como trabalhar nos serviços de limpeza ou ajudar a tomar conta dos sapatos de fiéis e visitantes.
Sikhismo: uma das maiores religiões do mundo
No Brasil, quase não se ouve falar sobre os sikhs e há poucos deles entre nós, mas sua religião, de acordo com várias fontes - como o site Adherentes.com e a a revista Super Interessante -, está entre as dez maiores do mundo, com pelo menos 22 milhões de adeptos.
O Sikhismo surgiu em 1.577, no Punjab - estado localizado na fronteira com o Paquistão -, como uma religião monoteísta. O Guru Nanak, seu fundador, afirmava a existência de um só Deus e acreditava que todas as religiões cultuavam a mesma divindade, o que mudava eram apenas os nomes. Para os sikhs, Nanak escolheu o nome Sat Nam, que significa Deus Verdadeiro.
Segundo boa parte dos registros, o Sikhismo nasceu de um sincretismo entre Hinduísmo e Sufismo (braço místico do Islã). A informação talvez não seja muito precisa, mas há indícios de que o Guru Nanak teve contato com as duas tradições, e sempre foi crítico dos seus enfrentamentos, argumentando que a religião deve unir e não criar animosidades, pois não existem diferenças entre os fiéis. Isso teria originado a frase, supostamente de sua autoria: "Não há hindus, não há muçulmanos".
Conta-se, ainda, que Nanak pregou para fiéis das duas religiões e muitos deles tornaram-se seus seguidores - fato que talvez esteja na origem do termo 'sikh', derivado da palavra sanscrita śikṣa, que significa discípulo ou aprendiz.
Gurudwara Bangla Sahib - Nova Delhi - Índia
Texto: Sylvia Leite
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Sylvinha, que experiência deve ser ir a um lugar desses.... muito legal e o seu texto traduziu tudo perfeitamente! Parabéns!
ResponderExcluirÉ muito legal mesmo. E como é uma experiência interna, acredito que cada um sinta de um jeito.
ExcluirÉ bem essa atmosfera de paz e de convivência solidária que está faltando no Brasil...
ResponderExcluirParabéns, Sylvinha, por mais uma matéria edificante!
Grande abraço,
Val Cantanhede
Obrigada, Val. Se puder, divulgue. bjs
ExcluirMais uma preciosidade; obrigada Sylvia Leite
ResponderExcluirObrigada, Regina! bjs
Excluirmuito interessante especialmente pra mim que já estive nesse lugar!
ResponderExcluirPensa que não sei que é você rsrs. Esqueceu de dizer seu nome. Obrigada pelo comentário.
ExcluirOuvi dizer que são vegetarianos e os homens nunca cortam os cabelos.
ResponderExcluirObrigada pelo comentário. Que pena que você não se identificou. Mas toda quinta tem matéria nova no blog. Não perca. E da próxima vez, por favor deixe seu nome.
ExcluirEu não preciso cortar o cabelo. Este lugar é especial.
ResponderExcluirMuito especial. Pena que você não se identificou.Da próxima vez, deixe seu nome, ok? Abs
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