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Pirâmide do Sol |
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Pirâmide da Lua |
A preocupação com o tema aparece na própria estrutura da cidade, que conta com vários dispositivos para coleta de água da chuva denominados pluviuns, e também em sua decoração, seja nos desenhos esculpidos em pedra ou nas pinturas murais.
O friso da Pirâmide do Sol, por exemplo, é denominado Cinturão de Chalchihuites (pequenaos círculos que simbolizam a água). No conjunto arquelógico Tepantitla, um dos conjuntos habitacionais que restaram em Teotihuacán, encontram-se duas pinturas murais com referências à água.
A primeira, em Tepantitla I, é conhecida cmo "Mural de Tlalocan" ou "Paraíso de Tlaloc" em alusão ao lugar para onde iam as pessoas que morriam vítimas de raios ou da água. A parte de cima do painel mostra uma deidade com água escorrendo de suas mãos e, na parte de baixo, pessoas comuns que realizam tarefas relacionadas à água.
No painel de Tepantitla II, sacerdotes enfileirados portam chapéus que representam o deus-crocodilo Cipáctil e seguram serpentes adornadas com motivo aquáticos.
O friso da Pirâmide do Sol, por exemplo, é denominado Cinturão de Chalchihuites (pequenaos círculos que simbolizam a água). No conjunto arquelógico Tepantitla, um dos conjuntos habitacionais que restaram em Teotihuacán, encontram-se duas pinturas murais com referências à água.
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Tepantitla I - "Paraíso de Tlaloc" |
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Tepantitla II - Sacerdotes com adornos alusivos ao deus-crocodilo |
Teotihuacán
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Deus da chuva - Museu Nacional de Antropologia - Cidade do México |
Grande parte das informações que temos hoje sobre Teotihuacán, nos foi fornecida por essa civilização pré-colombiana, que demonstrava ter algum conhecimento sobre a cidade e a civilização que o ergueu. Ainda assim, os dados são imprecisos e, em alguns casos, contraditórios.
O nome original da cidade, por exemplo, é uma interrogação. Consta que, em algum momento, a cidade foi batizada como Tollan, o mesmo dado, em certo momento, à cidade mexicana que hoje é conhecida por Tula. Assim como Teotihuancán, ambas são palavras do idioma Nahuati e significam lugar dos tules, que é uma espécie de árvore aquática - o que reforça a suposição de que a civilização de Teotihuacán tivesse uma forte ligação com a água - mas nada garante que não tenha havido um nome anterior.
A data de fundação continua imprecisa. Alumas versões coincidem ao afirmar que ocorreu antes da era Cristã, mas há uma divergência nas datas que podem oscilar em quase 300 anos. Outros defendem a tese de que a construção só foi iniciada no século 1.
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Concha com ondas - Museu dos Murais de Teotihuacán |
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Jaguares expelem água pela boca - Museu dos Murais de Teotihuacán |
Mesmo a ligação da cidade com o tema da água parece não ter origem em seus fundadores - a menos que os deuses da chuva e da água tenham sido rebatizados pelos Astecas porque os nomes Tlóloc e Chalchiuticue são palavras do idioma Nahuati.
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Mãos do deus da chuva retendo gotas - Museu dos Murais de Teotihuacán |
As relíquias de Teotihuacán
Teotihuacán é hoje a zona arquelógica mais visitada do México, tanto por sua importância histórica e arqueológica, como por ter recebido da UNESCO, em 1987, o título de Patrimônio da Humanidade.

largura, encontram-se dezenas de monumentos praticamente completos. A via foi batizada como Avenida dos Mortos porque os Astecas acreditavam que naquelas construções estavam enterrados os dirigentes e outras pessoas de destaque na a civilização teotihuacana.
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As duas fotos mostram restos de murais do antigo conjunto residencial Tetitla, um dos mais de 2.000 que existiam em Teotihuacán. |
contornos da praça de mesmo nome. Na outra, localiza-se um monumento conhecido como Cidadela.
Entre um e outro, mais próximo à
Pirâmide da Lua, encontra-se o maior e mais conhecido monumento do complexo, que acabou tornando-se ícone da identidade nacional mexicana - a Pirâmide do Sol. Quem consegue subir seus mais de 200 degraus, tem uma vista privilegiada do sítio arquelógico.
Assim como ocorre em inúmeros monumentos do mesmo período, as construções de Teotihuacán foram matematicamente posicionadas me relação ao céu. A Pirâmide do Sol, por exemplo, está voltada para o Oeste a fim de que, no solstício de verão, o sol se ponha em sua frente.
Além da experiência de subir as duas principais pirâmides, e constatar as diferentes sensações provocadas por uma e por outra, faz parte da visita caminhar ao longo da Avenida dos Motos a fim de perceber sua amplitude espacial.
O percurso é grande e exige tempo, mas o caminho está repleto de seduções, como é o caso dos conjuntos habitacionais que já foram inteiramente cobertos por pinturas murais e ainda hoje conservam partes significativas dessas magníficas obras de arte.
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Vista da Avenida dos Mortos, o eixo principal de Teotihuacán |
Teotihuacan - San Juan Teotihuacán - Estado do México - México
Texto: Sylvia Leite
Jornalista - MTB: 335 DRT-SE / Linkedin / Lattes
Fotos (1, 2 e 11) - Pixabay - licença CC0
Fotos (3,4,6,7, 8, 9 e 10) - Site do Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH) Divulgação
Foto (5) - Site do Museu Nacional de Antropologia - Divulgação
Referências:
Site do Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH)
Site do Museu de Murais Teotihuacanos Beatriz de la Fuente
-------------------------------------------Fotos (1, 2 e 11) - Pixabay - licença CC0
Fotos (3,4,6,7, 8, 9 e 10) - Site do Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH) Divulgação
Foto (5) - Site do Museu Nacional de Antropologia - Divulgação
Referências:
Site do Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH)
Site do Museu de Murais Teotihuacanos Beatriz de la Fuente
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Eu estive em Teotihuacan, o relato da jornalista e preciso!
ResponderExcluirValeu, Leandro! bjo
ExcluirFascinante mesmo, Sylvinha! Estive lá em 2014, com um grupo de amigas. Somente uma de nós, a Bela, conseguiu subir as escadas íngremes das pirâmides do Sol e da Lua, mas na descida, ela parou pelo menos três vezes para descansar e chegou ofegante. Eu não cheguei a subir sequer a metade das escadarias pq meus joelhos não permitiram. Mas valeu a pena!
ResponderExcluirAbraços
Obrigada pelo comentário. Da próxima vez informe seu nome. abs
ExcluirObrigada pela aula , 😊 . Não conhecia - fiquei curiosa ! Beijos
ResponderExcluirValeu, Bebel! bjo
ExcluirOi Silvinha boa tarde, estou maravilhada com seu trabalho nos levando a sonhar em visitar . Deus te abençoe, bjos. Isaura M. M. Campos
ResponderExcluirMuito obrigada, Isaurinha. Volte sempre!
ExcluirSubi quando jovem. O ano passado, apreciei da base e hoje,no seu relato maravilhoso. Espetacular.
ResponderExcluirObrigada pelo comentário. Da próxima vez deixe seu nome. É legal saber quem comentou. Abraço!
ExcluirTeotihuacán que enigma este lugar, nao tinha ideia dessa ligacao com a agua. sempre uma historia interessante a nos contar ne Sylvia.
ResponderExcluirQue bom que gostou! Obrigada pelo comrntário.
ExcluirEu adoro o México! Tenho muita vontade de conhecer essas pirâmides. Afora mais depois de ler esse post! Muito interessante esse enigma que envolve Teotihuacan.
ResponderExcluirQue bom que gostou! Adoro quando as pessoas ficam com vontade de conhecer os lugares que descrevo kkkk
ExcluirFui para Teothuacan 2x e foi realmente o sitio arqueológico mais impressionante que eu já vi na minha vida. A primeira vez, fui por acaso. Nem sabia que existia e me apaixonei. No ano seguinte, voltei e fomos em um passeio com um guia arqueólogo. Foi inacreditável. O Museu Nacional de Antropologia foi o museu mais legal que eu já fui, embora não tenha ido ainda nos mais famosos. Esse Museu dos Murais eu não fui. Não sabia que existia e o guia não levou. Provavelmente não estava incluso no "pacote". Eu Sabia que Teothuacan era famoso mas não fazia ideia que era o sitio arqueológico mais visitado do mundo, eu achava que os mais visitados eram os Egípcios. Acabei de aprender mais um pouco hehehee. Adoro seus posts. Beijos
ResponderExcluirQue legal, Cintia, eu também gosto muito. Ms só para esclarecer, Teotihuacán é o sítio arqueológico mais visitado do México e não do mundo como você escreveu. Deve ter sido a empolgação. Normal rsrs.
ExcluirQue legal, Cintia. Eu também gosto muito. Mas só para esclarecer, Teotihuacán é a zona arqueológica mais visitada do México e não do mundo como você escreveu. Deve ter sido a empolgação. Acontece rsrs.
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